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A infância nunca mais será a mesma

05/08/2009

Não havia pudores nos anos 80 e 90. Eu sei que toda merda consumista começou lá, com as crianças comprando LPs, bonecas, brinquedos e roupas de pessoas como a chata da Xuxa [digo isso agora, porque tinha todos os discos e acordava todas as manhãs para tomar café com ela]. Mas nós tínhamos o Chavez, Os Trapalhões e as piadas não politicamente corretas.

Revendo os programas, filmes e ouvindo as músicas daquele tempo, tirando Trem da Alegria e Carrossel, dava para sacar que de inocente só tinham mesmo as crianças… ou não. Em homenagem ao meu momento saudosista, separei alguns videoclipes musicais da minha infância que deixam as Pussycat Dolls com vergonha.

AVISO: Este post contém encostos musicais. Se você passar o dia cantando os refrões das músicas no trabalho e virar motivo de chacota entre os colegas será um problema só seu.

Supla – Pisa em mim
Eu era fã do Supla, confesso. Eu ficava cantando “Esses Humanos”, do Tóquio, e me achava a criança mais malvada da primeira série. Esse clipe é parte do filme “Uma Escola Atrapalhada”, meu filme predileto mesmo depois de assistir “Lua de Cristal” no cinema. Sim, apesar da calça de couro, do ambiente dark e do corpinho em cima do Supla, tratava-se de um filme infantil. Ah, os anos 90…

Angélica – Angelical Touch
Aproveitando que me lembrei do filme “Uma Escola Atrapalhada”, não podia deixar de fora esse vídeo. Ele também faz parte do filme e é uma resposta da Tamy – personagem da Angélica – ao clipe malvado do Supla. Sim, eles são um casal na trama. “Angelical Touch” era uma música totalmente Lado B e o clipe é tão sensual quanto um desfile de pijamas de flanela. Antes de apertar o play, vá ensaiando o refrão: “Angelical touch / Angelical touch / Angelical touch, touch, touch / Meu toque é que é too much”.

Polegar – Dá Pra Mim
Antes do Rafael Ilha ingerir objetos estranhos, ele costumava tocar guitarra no Polegar. O quinteto era uma típica banda do começo dos anos 90: música com refrão pegajoso, visual meio new wave e o maldito teclado de mão. Eu sei que o trocadilho que dá nome à música é besta, mas eu era só uma criança, poxa.

Mara Maravilha – Não Faz Mal
Eu não quero saber se a Mara encontrou Jesus, deixou de fazer macumba para Angélica e agora canta música de louvor. Eu lembro da Mara sem noção, com música pouco infantil, com barriga de fora na capa do LP e eu adorava. É claro que também não me esqueço dela na Playboy em cima de um cavalo, mas nessa época eu já entendia bem as coisas… A verdade é que se o NX Zero gravasse essa música viraria hit. Imagina o Di, o Fi, o Li, o Mi e qualquer outro componente cujo nome é um monossílabo tônico cantando “Eu to carente, mas eu to legal”, perfeito! Fica aí a dica, gente.